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quarta-feira, 28 de março de 2012

BH participa da Hora do Planeta



Pelo quarto ano consecutivo, Belo Horizonte participa da campanha Hora do Planeta, movimento simbólico proposto pela ONG internacional WWF, que convoca governos, empresas e população a apagar as luzes durante uma hora, com a finalidade de demonstrar preocupação sobre o aquecimento global e os problemas ambientais que a humanidade enfrenta. Este ano, a ação será realizada no sábado, dia 31, das 20h30 às 21h30. Como apoiadora do projeto, a Prefeitura de Belo Horizonte apagará as luzes da Praça da Bandeira, no bairro Cruzeiro, região Centro-Sul da capital.

A Hora do Planeta surgiu em março de 2007, em Sidney, na Austrália. No último ano, um bilhão de pessoas, em mais de cinco mil cidades de 135 países, participaram da ação. O objetivo da proposta é refletir sobre as mudanças climáticas e seus efeitos catastróficos, como o aumento de ciclones nos trópicos e a contaminação dos lençóis freáticos com água salgada, originadas do derretimento das geleiras nos polos da Terra.

Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, já ficaram no escuro durante sessenta minutos. No Brasil, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Palácio da Liberdade, em Minas Gerais e o Farol da Barra, na Bahia, já foram apagados. Até o momento, além da capital mineira, 47 cidades brasileiras, entre elas sete capitais, já confirmaram sua participação. No ano passado, 123 municípios, entre eles 20 capitais, aderiram ao movimento, o que tornou o Brasil o país com o maior número de cidades engajadas no projeto.

De acordo com Regina Cavini, superintendente de Comunicação e Engajamento do WWF-Brasil, o gesto complementa as políticas ambientais desenvolvidas no território nacional e também insere o brasileiro como um colaborar de um movimento global. “O ato de apagar as luzes é mais uma forma de mostrar ao mundo que nós, brasileiros, queremos um futuro com desenvolvimento econômico que respeite os limites do planeta", explicou.

Mais informações sobre o movimento e sobre as cidades que aderiram a proposta podem ser obtidas no site oficial da Hora do Planeta (www.horadoplaneta.org.br).

Por que apagar as luzes?


Como prova do engajamento do país nas questões ambientais, neste ano o Brasil será o anfitrião da conferência mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), o Rio+20, evento que será realizado no Rio de Janeiro, em junho, e tem como temática o desenvolvimento sustentável. O Congresso Mundial do Iclei, evento que antecede o RIO+20 e visa levantar propostas para o encontro no Rio de Janeiro, terá a capital mineira como sede, entre os dias 14 e 18 de junho. Além disso, a ONU também instituiu 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. Portanto, o apagar das luzes também será um gesto de solidariedade aos 20% de homens, mulheres e crianças que não tem acesso à eletricidade no planeta.

Outro destaque é que, pela primeira vez na história do movimento, a ação será registrada diretamente do espaço sideral. O embaixador da rede WWF e astronauta, André Kuipers, irá vigiar nosso planeta no momento em que as luzes serão desligadas. A experiência será compartilhada pela Agência Espacial Europeia, por meio de fotos e comentários ao vivo.

Rede WWF

A Rede WWF é uma das maiores organizações ambientalistas independentes do mundo. Conta com uma rede mundial ativa em mais de 100 países e com o apoio de quase cinco milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários. A missão é acabar com a degradação do meio ambiente natural do planeta e construir um futuro onde os seres humanos vivam em harmonia com a natureza, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais renováveis e promovendo a redução da poluição e do desperdício de consumo. No Brasil, a rede é representada pela ONG WWF-Brasil, criada em 1996, com sede em Brasília.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Jean Walker é um fenômeno


Em Minas, Michael Jackson não morreu

A voz de Jean Walker, ex-taxista de Belo Horizonte, impressionou pessoas de vários pontos do planeta por ser muito parecida com a do pop star americano

Jean Walker (Foto: Paula Mordente)
Jean Walker 
O taxista Jean não poderia imaginar que uma corrida até a rodoviária de Belo Horizonte mudaria de vez o rumo de sua vida. O passageiro entrou no carro e, depois de um papo rápido, eles começaram a falar sobre um ídolo em comum: Michael Jackson. Antes de chegar ao destino, Diego pediu ao motorista do táxi para cantar um trecho de uma das músicas do pop star americano para que ele pudesse gravar um vídeo. Mesmo tímido, o taxista topou. A gravação postada na internet chamou a atenção pela semelhança com a voz do cantor. Mais de dois milhões de pessoas do mundo inteiro assistiram ao vídeo. Tanta repercussão na internet fez com que a versão virtual da renomada revista de música Billboard desse destaque para o vídeo de Jean. Na Inglaterra, a emissora de TV BBC e o tabloide The Sun também se posicionaram impressionados com a voz do brasileiro, considerando-o afinadíssimo. Já o badalado site americano TMZ disse que ele merecia uma excelente gorjeta. E, assim, começou a carreira de Jean Walker.
Jean Carlos Ribeiro Machado tinha apenas seis anos de idade quando se declarou fã de Michael Jackson. Aos 12, já arriscava alguns dos característicos passos do astro internacional, fazendo sucesso durante a adolescência na escola, nas feiras de rua e nos bailes do bairro. Sempre se destacando pela facilidade de acompanhar fielmente o ritmo das músicas do artista.
Mas a vida desse belo-horizontino nem sempre foi só embalada pela pop music. De família muito simples, ainda muito novo, teve de trabalhar com pai, ajudando-o como pintor, função que mais tarde também exerceu. Casou-se aos 19 anos e sofreu muito a perda do primeiro filho. Chegou a trabalhar como servente de pedreiro para ajudar no sustento da casa. Pouco antes do nascimento do segundo filho, Michael – nome dado em homenagem ao ídolo –, ele começou a trabalhar como taxista.
Mesmo em meio às lutas e com uma rotina pesada de trabalho, que começava às 19h e só terminava quando o dia amanhecia, Jean nunca parou de curtir as canções de Michael Jackson. Mais que dançar, ele passou a cantar diariamente os hits que sempre ocuparam o topo dos rankings musicais. Alguns taxistas, às vezes, paravam para ouvir o colega imitar o artista. Com a webcam ligada, por diversas vezes, Jean chegou a gravar a própria performance com a ajuda de umplayback. Mas nada teve tanta repercussão quanto o vídeo postado por Diego Padilha.
Jean aderiu ao sobrenome artístico Walker e teve o talento revelado em várias emissoras de TV no Brasil. A primeira aparição foi ao ar no programa Pânico na TV, da Rede TV!. Durante a atração, voltada para o público jovem, ele cantou ao vivo pela primeira vez. Chegou a participar também de outro programa da casa, Manhã Maior, até entrar para um concurso de imitadores na Rede Record. As participações dominicais no quadro O Melhor Imitador do Brasil contribuíram ainda mais para tornar Jean Walker conhecido em todo o país. “Foi tudo muito rápido. Quando dei por mim, já estava na TV, sendo elogiado por diversos artistas e por pessoas que me paravam no corredor das emissoras para me cumprimentar. Na rua as pessoas já me conhecem. Eu ainda estou tentando me acostumar com isso, pois sou muito tímido”, revela.
Encontro com o pai de Michael Jackson

Pouco antes de ser surpreendido pela fama de melhor imitador de Michael Jackson no Brasil, Jean teve a oportunidade de cantar pessoalmente para o pai do artista, Joe Jackson, e para o produtor da família, Leonard Rowe. “Fui até a livraria aqui de BH onde Joe estava lançando um livro sobre Michael. Entrei na fila, como se fosse pedir um autógrafo e, quando cheguei perto dele, comecei a cantar. Ele, muito frio, não demonstrou muita afeição, já o produtor Leonard, ficou impressionado e foi muito simpático. Todos que estavam com Joe começaram a gravar imagens minhas e, em pouco tempo, a livraria inteira cantava comigo. Foi uma experiência fantástica”, conta.    O encontro com Joe e Leonard foi, sem dúvida, o contato mais próximo que Jean Walker teve com Michael Jackson. Para ele, a possibilidade disso acontecer era algo inimaginável, principalmente após a morte do ídolo. “No dia em que Michael morreu, eu recebi uma ligação de um colega do táxi falando da notícia, mas não acreditei. Depois que vi que era oficial, passei o dia com minha esposa no sofá, em frente à TV, chorando muito. Perdemos um grande artista”, lamenta.
Agora, a chance de ir aos EUA e conhecer outros detalhes da carreira do astro pop está cada vez maior. “Recebi algumas propostas que estão sendo analisadas com cuidado. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e não quero ser precipitado. Sou uma pessoa simples, um mineiro, um brasileiro, sei quem eu sou e de onde eu vim. Mesmo com todo o reconhecimento e carinho das pessoas, não quero dar passos muitos largos”, pondera.
Antes de embarcar para a terra do Tio Sam, Jean deve estudar inglês. Mesmo interpretando fielmente as músicas, ele confessa que não sabe nada sobre o idioma. “Eu sempre cantei só de ouvir, se colocar a letra na minha frente na hora de cantar, eu fico confuso”, confessa. Mas o fato de não saber a língua parece não prejudicar o desempenho dele, pelo menos é o que mostra os comentários de seus vídeos no Youtube. Elogios de vários lugares do mundo, em inglês, são postados a todo o momento, ressaltando a semelhança do timbre de Jean com o de Michael Jackson.
Planos para o futuro
Como muita coisa na vida de Jean, os planos para o futuro também mudaram. O trabalho como taxista agora faz parte do passado. A intenção dele é investir na carreira artística e se manter com a nova função. “Acho que ainda não estou preparado para fazer um show inteiro imitando Michael, mas tenho condições de fazer algumas participações em eventos”, planeja. A intenção é que, daqui a algum tempo, ele possa interpretar também outras canções no mesmo estilo.
Os novos compromissos necessitam de hábitos que não faziam parte do dia a dia do ex-taxista, entre eles, cuidados com a voz, com o figurino e o contato com os fãs. “Tenho consciência que minha vida mudou e sempre vou fazer o meu melhor para me adaptar, porque essa será minha fonte de renda. Mas nunca vou esquecer minhas raízes, deixar de lado minha família, amigos, parentes e nem mesmo minha cidade. Não tem a menor chance de eu deixar Belo Horizonte, minha terra querida”, ressalta.

BH - Aqui tem cerveja...


Com diversas fábricas de produção artesanal, Belo Horizonte está se tornando a capital das cervejas especiais no Brasil

Mais uma gelada, por favor!


Produto da Cervejaria Falke Bier, localizada na região metropolitana de BH (Foto: Divulgação)
Produto da Cervejaria Falke Bier, localizada na região metropolitana de BH (Foto: Divulgação)
Breja, loirinha, loira gelada, cerva ou simplesmente uma gelada. São muitos os apelidos para a cerveja, uma das bebidas mais antigas da humanidade. Conhecida mundialmente, a cerveja é pedida certa nas festas, baladas e churrascos brasileiros. Mas o que muita gente ainda não conhece são as cervejas especiais, feitas artesanalmente ou em microindústrias que, segundo especialistas, proporcionam um sabor muito melhor. Com o lema “Beber menos, mas beber melhor”, os apaixonados pela cerveja artesanal garantem que quem conhece o sabor deste tipo de bebida não aceita beber a de outra modalidade. Em Belo Horizonte, o movimento dos apaixonados pela cerveja elaborada em pequenas indústrias começou há pouco mais de cinco anos. Hoje, há quem diga que a cidade está sendo considerada a segunda Bélgica, no que se refere à produção de cervejas especiais.
Segundo o cervejeiro Marco Falcone, um dos sócios da Falke Bier, a capital mineira está se tornando referência na produção de cerveja especial no Brasil. “São 70 fábricas de produção caseira, associadas a ACervA, e outras 10 microindústrias, conveniadas ao Sindbebidas. Os cervejeiros daqui não têm medo de inovar. Muitas cervejas produzidas em Belo Horizonte não existem em nenhum outro lugar do mundo”, afirma.
José Felipe Carneiro, cervejeiro da Wals, também destaca a produção da capital mineira. “A história da cervejaria em BH e região metropolitana começou com os cervejeiros caseiros, que faziam a bebida em casa, na panela. Eles perceberam uma excelente oportunidade para crescer e, hoje, estão à frente de microcervejarias famosas pela qualidade. A produção da bebida na nossa região já faz de BH a capital das cervejas especiais do Brasil”, acredita.
De acordo com Falcone, o consumo deste tipo de produto no Brasil tende a crescer 15% ao ano, ao passo que o da bebida industrializada cresce, em média, de 3 a 4% no mesmo período. “Hoje, o brasileiro consome, em média, 50 litros de cervejas especiais por ano. Com o aparecimento das microindústrias, esse número tende a aumentar. Há um espaço muito grande para o ramo. E Belo Horizonte vai acompanhar esse crescimento”, especula.
Dez microcervejarias na capital e região metropolitana produzem a bebida, mas apenas quatro a engarrafam: Falke Bier, Wals, Backer e Krug Bier/Áustria. “Todas elas já têm projeção nacional”, revela Falcone.
Sabor e cultura
O cervejeiro ainda explica que a cerveja artesanal é muito mais que uma simples bebida. É também cultura. “Cada tipo de cerveja combina mais ou menos com um tipo de comida. Então, esse movimento é muito mais que apenas beber, é também degustar, sentir aromas e sabores diferenciados – o que, na bebida industrializada, é impossível de se fazer”.

Como o objetivo é levar cultura e não apenas cerveja, as microcervejarias já estão construindo verdadeiros espaços culturais. A Adega Cultural de Cerveja, da Wals, já está quase pronta. Carneiro conta que o espaço será destinado para mostrar um pouco das peculiaridades da bebida.  “Esse espaço será para visitação, onde o visitante vai poder degustar as cervejas produzidas pela Wals, além de conhecer um pouco dos processos de fabricação”. A adega será aberta ao público, aos sábados e domingos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.wals.com.br. Falcone também abre sua fábrica para visitação. Na Falke Bier, existe um espaço, no qual são ministrados cursos de degustação da cerveja especial. “Esse ambiente foi construído para os nossos cursos e testes. Aqui degustamos cervejas do Brasil inteiro. Além disso, abrimos também para visitações. É um prazer receber pessoas que admiram a bebida como nós”, orgulha-se.
Dedicação no preparo
Tanto a Falke Bier quanto a Wals possuem cervejas mais do que especiais. A Monasterium e a Vivre pour Vivre, da Falke, são famosas não só pelo sabor, mas também pelo modo de preparo. Segundo Falcone, a Monasterium, uma cervejaBelgian Srtong Ale, vencedora do prêmio Award 2008 como produto inovador, leva até seis meses para ficar pronta. “Todo o processo é muito peculiar. Ela é refermentada na garrada e maturada em uma adega subterrânea ao som de canto gregoriano”, revela.
Já a Vivre pour Vivre, uma cerveja Fruit Bier, utiliza jabuticaba na elaboração. Falcone revela que ela é única no mundo e leva três anos para chegar pronta ao consumidor. A sua peculiaridade é tanta que a produção é limitada: apenas 600 garrafas por ano. “Essa cerveja é muito especial.
O nome é inspirado no filme Vivre pour Vivre. Eu queria fazer uma cerveja inédita que, ao mesmo tempo, fosse bem brasileira. Então, decidi utilizar a jabuticaba. Ficou fantástico!”, afirma.
Já a cervejaria Wals, tem a Wals Brut como “xodó”. De acordo com Carneiro, essa é uma cerveja Champenoise, que segue os mesmos modos de preparo do Champangne. “A Wals Brut leva nove meses para ficar pronta. Produzimos apenas 200 garrafas por ano. Temos uma lista de espera de mil pessoas querendo a nossa cerveja”, revela.
Cerveja especial X Cerveja industrializada
Tanta dedicação para produzir um único tipo de cerveja não poderia originar um resultado diferente. Os preços das cervejas especiais chegam a ser bem mais altos do que os da cerveja industrializada. Mas os cervejeiros não vêm nisso é um empecilho para a venda do produto. “Se você gasta R$30 com seis ou sete garrafas de cervejas industrializadas, você pode optar por tomar três especiais e gastar o mesmo valor. Porém, terá bebido algo de maior qualidade e infinitamente mais saboroso”, compara Carneiro.
Para Falcone, o lema “Beber menos, mas beber melhor”, diz bem qual é a grande diferença entre as bebidas. “A cerveja especial está muito ligada ao gourmet, ao sabor, aos aromas. A qualidade é muito maior. Quem toma cerveja especial não tem a intenção de ficar bêbado, mas sim de degustar, de sentir a qualidade diferenciada”.
As meninas da CONFECE também concordam. “Quando optamos por uma cerveja especial, optamos por uma bebida de qualidade superior. A gente aprende a tomar cerveja e a sentir todas as sensações que ela proporciona”, comenta Ludmilla Fontainha, que faz parte da confraria (veja abaixo) formada só por mulheres.

Oportunidades de emprego


Mercado Popular da Lagoinha oferece mais de mil vagas para oficinas de gastronomia



Na programação de 2012, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do Mercado Popular da Lagoinha (MPL), oferece 1.150 vagas distribuídas em 40 opções de cursos previstos para iniciar em abril, com inscrições abertas 20 dias antes do início das aulas. As oficinas são uma oportunidade para aqueles que desejam se qualificar para o mercado de trabalho na área da alimentação. Os interessados podem se cadastrar no Sine Centro/Niat (rua Espírito Santo, 505) e no Sine Venda Nova (avenida Padre Pedro Pinto, 1055). As aulas gastronômicas são gratuitas e os participantes recebem vale-transporte para o deslocamento.

Para o secretário municipal adjunto de Segurança Alimentar e Nutricional, Flávio Duffles, as oficinas de qualificação da PBH possuem enorme importância para a população da capital. “Basta observar que o percentual do índice de desemprego tem caído. O mais importante destes cursos é que a Prefeitura, por meio deste equipamento, vem priorizando o direito de cidadania a todos os cidadãos e garantindo uma qualificação que lhes permita buscar uma melhor colocação no mercado de trabalho e, tudo isto, gratuitamente”, destacou.

O projeto é uma parceria com a Cozinha Pedagógica Josefina Costa e a Padaria Escola Nicola Calicchio. Cada turma terá no máximo 25 pessoas. São oferecidos os cursos de panificação, pizzaiolo, cozinha brasileira, auxiliar de cozinha, salgados tradicionais e pastéis, churrasqueiro, biscoitos caseiros, confeiteiro, panificação industrial, organização de festas e eventos, bolos decorados, frango desossado/ lingüiça e massas caseiras, garçom, cozinha internacional, salgados finos, doces de festas/ bombons e trufas, comida de boteco e confeitaria caseira. O pré-requisito para participar dos cursos é ser alfabetizado.

A aluna do curso de Pizza e Salgados, Leonice Ferraz, já está em sua segunda oficina. Para ela, as aulas têm sido boas e proveitosas. “Estou achando as aulas perfeitas. Já até penso em fazer outros cursos”, afirmou. Além disso, Leonice disse que a opção por fazer esses cursos de culinária no Mercado da Lagoinha é uma forma de ampliar seus conhecimentos e de aumentar sua renda.

As atividades serão realizadas no Mercado da Lagoinha (avenida Antônio Carlos, 821, São Cristovão) e fazem parte do Programa Municipal de Qualificação Emprego e Renda (PMQER), que é uma parceria entre as secretarias municipais de Políticas Sociais (SMPS) e Educação (Smed), e as adjuntas de Segurança Alimentar e Nutricional (Smasan) e de Trabalho e Emprego (Smate).

Melhorias

O Mercado Popular da Lagoinha passou por uma reforma interna, realizada nas salas cozinhas e na padaria escola, agregada à compra de novos equipamentos, como uma forma de acompanhar as inovações e exigências do mercado de trabalho. As melhorias foram feitas devido à preocupação com as questões de Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e a manipulação correta dos alimentos, fazendo com que o local tenha as condições mais próximas possíveis do ambiente de trabalho.

Público-alvo

Os cursos são destinados a pessoas acima de 16 anos, que possuem cadastro no Sine Centro/Niat e Sine Venda Nova. Em relação aos que possuem registro no Sine Centro/Niat, somente poderão se inscrever aqueles que são atendidos por programas sociais como programa Pão Escola, Bolsa Família, Bolsa Escola, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e residentes em áreas atendidas pelo BH Cidadania, entre outros. Já para os cadastrados no Sine Venda Nova, a prioridade é para as pessoas que comprovem o estado de vulnerabilidade social. Os interessados em fazer o curso com o objetivo de se profissionalizar e gerar renda podem também se cadastrar nestes cursos, mas, neste caso, a inscrição pode ser feita somente no Sine Venda Nova.

O instrutor dos cursos de Pizza, Salgados, Pizzaiolo e Confeitaria Caseira, Paulo Baragli, disse que o principal motivo para a busca dos cursos no MPL é uma melhor qualificação. “Os nossos cursos fazem com que os alunos saem bem preparados, profissionais. Aqui é um suporte para alavancar a carreira deles”, afirmou.

Programa Pão Escola

O Mercado Popular da Lagoinha, em uma parceria com as secretarias de Segurança Alimentar e Nutricional e de Educação, também oferece dois cursos na área de gastronomia, voltados para alunos da Rede Municipal de Ensino, incluindo os integrantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O Programa Municipal Pão Escola, que comemora dez anos em 2012, oferece cursos de qualificação industrial nas áreas de Auxiliar de Padaria e Auxiliar de Confeitaria, mas mediante ao bom desempenho nestes cursos, automaticamente o aluno estará também participando de mais um curso de Salgados e Pizzas. Os alunos interessados pelos cursos do programa Pão Escola podem se inscrever na própria escola até a data de início do curso.

Para o secretário Flávio Duffles, a demanda nesta área do mercado de trabalho na capital facilita o rápido ingresso dos alunos recém-formados. “O mercado, neste setor de gastronomia, sempre existiu e há uma grande demanda de pessoas qualificadas para atuar nesse segmento. Nestes dez anos de existência do programa, foram qualificados mais de 26 mil alunos. Muitos destes já estão trabalhando em padarias, restaurantes, indústrias alimentícias, como também existem ex-alunos que montaram seu próprio negócio”, disse.

Luto no Zoo de BH


Gorila Idi Amin morre aos 38 anos em zoológico de BH

Animal foi sedado para que fosse feita coleta de amostras para exames e, durante o procedimento, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória

BELO HORIZONTE - Principal estrela do Jardim Zoológico de Belo Horizonte, o gorila Idi Amin morreu nesta quarta-feira, 7, aos 38 anos, durante um procedimento para tratamento de saúde. Devido à idade avançada, o animal sofria de uma série de enfermidades, como insuficiência renal crônica e osteoartrite, mas a causa da morte ainda não foi confirmada. O corpo foi submetido à necropsia e o laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Em 2011, gorila conheceu duas novas companheiras trazidas da Inglaterra - Breno Pataro/Divulgação
Em 2011, gorila conheceu duas novas companheiras trazidas da Inglaterra
Segundo a Fundação Zoo-Botânica (FZB) da capital, responsável pela administração do zoológico, desde o fim do ano passado o animal recebia tratamento para uma ferida no braço esquerdo que "vinha evoluindo satisfatoriamente". Porém, as doenças crônicas que eram controladas há alguns anos passaram a "determinar alterações significativas no metabolismo do animal", provocando anemia severa e desidratação. O quadro se agravou nas últimas semanas e hoje ele foi sedado para que fosse feita hidratação e coleta de amostras para novos exames. Durante o procedimento, o gorila sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Até o ano passado, Idi Amin era o único animal de sua espécie em cativeiro na América do Sul. Em agosto, ele ganhou a companhia de duas fêmeas, Imbi e Kifta, de 11 anos, fornecidas pela Fundação Aspinall, da Inglaterra. De acordo com a FZB, foram registrados ao menos três acasalamentos entre Idi Amin e as fêmeas, mas "sem indícios de gestação".
Idi Amin pertencia à subespécie Gorilla gorilla gorilla, que vive originalmente em florestas tropicais, principalmente da África Central, em regiões baixas e quentes, próximas a rios e alagados. O gorila chegou ao zoológico de Belo Horizonte com dois anos, em 1975, junto com uma fêmea chamada Dada, cedido pelo zoológico francês Saint-Jean-Cap-Ferrat. Dada morreu três anos depois vítima de infecção generalizada. Em 1984, ele recebeu nova companheira, Cleópatra, procedente do zoológico de São Paulo, mas a gorila chegou à capital mineira com desidratação e diarreia e morreu duas semanas depois.
Desde então ele permaneceu solitário até a chegada das fêmeas cedidas pela instituição britânica. De acordo com a FZB, a adaptação entre os animais "foi perfeita desde o primeiro momento". "Idi assumiu o papel de macho dominante e protetor de seu bando e as fêmeas se adaptaram muito bem às condições de manejo do zoo", afirmou a instituição, em comunicado divulgado hoje. Ainda segundo a fundação, durante todo o tempo de tratamento as duas fêmeas "estiveram próximas a ele, apresentando sempre um comportamento natural e carinhoso" e quando havia necessidade de separá-los elas "permaneceram atentas e interessadas em acompanhá-lo mesmo à distância".