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segunda-feira, 19 de março de 2012

Luto no Zoo de BH


Gorila Idi Amin morre aos 38 anos em zoológico de BH

Animal foi sedado para que fosse feita coleta de amostras para exames e, durante o procedimento, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória

BELO HORIZONTE - Principal estrela do Jardim Zoológico de Belo Horizonte, o gorila Idi Amin morreu nesta quarta-feira, 7, aos 38 anos, durante um procedimento para tratamento de saúde. Devido à idade avançada, o animal sofria de uma série de enfermidades, como insuficiência renal crônica e osteoartrite, mas a causa da morte ainda não foi confirmada. O corpo foi submetido à necropsia e o laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Em 2011, gorila conheceu duas novas companheiras trazidas da Inglaterra - Breno Pataro/Divulgação
Em 2011, gorila conheceu duas novas companheiras trazidas da Inglaterra
Segundo a Fundação Zoo-Botânica (FZB) da capital, responsável pela administração do zoológico, desde o fim do ano passado o animal recebia tratamento para uma ferida no braço esquerdo que "vinha evoluindo satisfatoriamente". Porém, as doenças crônicas que eram controladas há alguns anos passaram a "determinar alterações significativas no metabolismo do animal", provocando anemia severa e desidratação. O quadro se agravou nas últimas semanas e hoje ele foi sedado para que fosse feita hidratação e coleta de amostras para novos exames. Durante o procedimento, o gorila sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Até o ano passado, Idi Amin era o único animal de sua espécie em cativeiro na América do Sul. Em agosto, ele ganhou a companhia de duas fêmeas, Imbi e Kifta, de 11 anos, fornecidas pela Fundação Aspinall, da Inglaterra. De acordo com a FZB, foram registrados ao menos três acasalamentos entre Idi Amin e as fêmeas, mas "sem indícios de gestação".
Idi Amin pertencia à subespécie Gorilla gorilla gorilla, que vive originalmente em florestas tropicais, principalmente da África Central, em regiões baixas e quentes, próximas a rios e alagados. O gorila chegou ao zoológico de Belo Horizonte com dois anos, em 1975, junto com uma fêmea chamada Dada, cedido pelo zoológico francês Saint-Jean-Cap-Ferrat. Dada morreu três anos depois vítima de infecção generalizada. Em 1984, ele recebeu nova companheira, Cleópatra, procedente do zoológico de São Paulo, mas a gorila chegou à capital mineira com desidratação e diarreia e morreu duas semanas depois.
Desde então ele permaneceu solitário até a chegada das fêmeas cedidas pela instituição britânica. De acordo com a FZB, a adaptação entre os animais "foi perfeita desde o primeiro momento". "Idi assumiu o papel de macho dominante e protetor de seu bando e as fêmeas se adaptaram muito bem às condições de manejo do zoo", afirmou a instituição, em comunicado divulgado hoje. Ainda segundo a fundação, durante todo o tempo de tratamento as duas fêmeas "estiveram próximas a ele, apresentando sempre um comportamento natural e carinhoso" e quando havia necessidade de separá-los elas "permaneceram atentas e interessadas em acompanhá-lo mesmo à distância".

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